A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, abordou nesta quinta-feira [27.07.2023] com a premiada cientista angolana Teresa Matoso Manguangua Victor, a produção de fármacos em Angola, aproveitando para o efeito a flora nacional.
A informação foi revelada por Teresa Matoso Manguangua Victor, em declarações à imprensa à saída de uma audiência a si concedida por Esperança da Costa. “Essa é a era que Angola pode abrir uma farmacêutica, por exemplo. Temos matéria prima e temos gente capaz. A Vice-Presidente da República falou-nos de um projecto de recolha de activos (plantas) para podermos produzir os fármacos cá em Angola, e manifestou o desejo de incluir-nos neste projecto”, afirmou.
Sobre o encontro, afirmou que foi bastante produtivo. “A Vice-Presidente da República é uma grande investigadora, e hoje senti que estava diante de alguém que podemos no futuro partilhar vários trabalhos. Como sempre gostei de enfatizar, devemos criar equipas multissectoriais para resolvermos os problemas com que nos debatemos hoje no domínio da investigação científica, e foi precisamente essa a ideia que a Vice-Presidente mais enfatizou hoje, porque só com equipas multidisciplinares é que poderemos resolver alguns dos problemas que nos debatemos hoje no domínio da investigação científica”, prosseguiu.
A pesquisadora angolana, que recentemente venceu o “Prémio Internacional de Pesquisadora Inovadora do ano em engenharia química e biotecnologia”, e no ano passado, galardoada com o “Prémio Internacional de melhor pesquisadora na área de engenharia química”, manifestou o desejo de utilizar essa experiência para divulgar ao mundo, na qualidade de membro vitalício do Conselho Mundial de Pesquisa, que os angolanos estão preparados para fazer investigação científica.
Teresa Matoso sublinhou que não se desenvolve um país sem passar pela investigação científica. “É necessário que o nosso povo e os nossos dirigentes entendam e deêm valor necessário àquilo que é endógeno, porque nós às vezes temos aquela tendência que nós não podemos, ou não temos investigadores ou cientistas. Temos sim cientistas e hoje, ao falar com a Vice-Presidente da República, senti que falava com uma colega em termos de investigação científica, uma investigadora”.
A cientista, que garantiu aos pesquisadores nacionais que o Executivo está a acompanhar todo o trabalho desenvolvido no domínio da investigação científica, disse sair do encontro com a Vice-Presidente convicta de que existe vontade política de desenvolver Angola tecnologicamente.
“Temos potencial para isso e é caminhando que se faz o caminho. Além disso, o foco é fundamental para desenvolvermos o nosso país”, reiterou.